Nesse ano
Nesse ano O ano passou e com ele se foi uma pessoa que habitava em mim. Hoje, depois de mudanças, transformações e reviravoltas, tenho outros sonhos e valores. Percebi que preciso de muito menos coisas para ser feliz. E que a felicidade está em ter menos ânsia na busca por ela. Descobri que gosto de escrever. Isso, algum tempo atrás, não passava pela minha cabeça. Percebi também que algumas pessoas não se importam comigo. Entendi que elas têm esse direito. Então, aprendi que posso dedicar mais o meu tempo àquelas que realmente me querem por perto. A vida é muito boa para se perder tempo.. Aprendi que é preciso virar a página. Fazer escolhas. Algumas outras pessoas, além de me quererem bem, ainda se dedicam a mim espontaneamente. Enxerguei que isso é um bem tão precioso que devemos empenhar nossa energia mais positiva para alimentá-lo. O amor que existe entre uma amizade, em certo aspecto, é como o amor entre um casal: os dois devem amar. quando um só ama, não se é um casal. Tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas. Elas me ensinaram que a felicidade é uma questão de escolhas na vida; que existe algo muito além na palavra amor; que a falta de algumas condições não é motivo para se perder a dignidade e a leveza e que a grande lição é amar até mesmo o inimigo. Trabalhei muito e fui muito feliz com isso. Apesar de muitas coisas não terem dado certo. Enxerguei que preciso aprender com essas coisas e seguir em frente. Então, tentei ser mais compreensiva comigo mesma para conseguir aprender com meus erros e não sofrer com eles. Tentei enxergar meus defeito de frente e de olhos bem abertos. Ah, foi bem difícil… ainda em processo.. Tentei comer menos bobagens… Sinto cada vez mais a necessidade de me afastar dos alimentos de origem animal… Tentei me entregar mais à vida. Bom esse também ficará em processo em 2014. Ainda tenho muito o que me aperfeiçoar. Meu conceito sobre liberdade mudou. Percebi que era presa às minhas idéias equivocadas e que muitas coisas que eu achava que me prendiam, perdem a força quando estou bem. Então, o importante é cultivar essa energia e cuidar dos meus pensamentos. Entendi que faço parte de tudo que está ao meu redor e que sou responsável por tratar os espaços onde convivo com respeito. Aprendi que vale mais a pela o respeito, o amor, a amizade e a liberdade do que levar uma vantagem momentânea e superficial. Mesmo que só consiga enxergar os resultados a longo prazo. Aprendi que tenho que deixar aquela menina com o seu grande ego ir.. Ela já fez o papel dela. Agora, para segui em frente, preciso estar mais leve. Percebi que eu não vim nessa vida para ficar dando gargalhadas ao vento. E que as pessoas que insistem em me dizer que tenho que ser diferente, gargalhar da vida e “curtir” para viver mais “feliz”, não compreendem minha essência. A felicidade não está só na curtição. Tenho a capacidade de enxergar o amor e a felicidade no silêncio também. Eu vim nessa vida para aprender e vou fazer isso da melhor maneira que eu puder. A curtição será apenas um consequência. Passei a admirar muitas coisas que antes nutria um preconceito. Aí, percebi que o preconceito faz mal aos dois lados, os que sofrem com ele e também os que se afastam das coisas que poderiam estar-lhe fazendo bem. E que ele é fruto da ignorância. Estamos entrando no ano de 2014. Não é possível aceitar mais a ignorância. Percebi que estamos com o péssimo hábito de resolver nossos problemas usando o ato de pressionar o outro. 1 pressiona o 2 que pressiona o três e assim por diante. A pressão é crescente e cumulativa. Decidi então que não aceitarei mais pressão para que não tenha o risco de querer passá-la para frente. Fico pensando que forma é essa de se relacionar com o outro…. e que o último da fila poderá receber uma carga grande demais, poderá não aguentar e todos poderão ter que pagar caro por isso. Nesse ano que passou, os meus dois grandes fracassos tiveram uma relação direta com esse tipo de pressão. Devem existir maneiras mais humanas de se resolver problemas. Estou disposta a procurá-las. Tive a oportunidade de participar de trabalhos que beiraram a perfeição, em que todos estavam infelizes. E de outros trabalhos cheios de defeitos que as pessoas estavam satisfeitas, realizadas e dispostas a melhorarem cada vez mais. Então compreendi que existe um grave equivoco de onde estamos depositando nossa felicidade. Nossa felicidade está em nós. E não em alguém ou em alguma coisa. Nada nos convence de sermos felizes se nós não estivermos dispostos a ser. E por fim, decidi pelo sim, pela mudança e pela vida. Decidi estar mais presente para viver o novo ano e aprender com ele. Nesrine Bellydance, 18/12/13.]]>
Fantástico!! Me identifiquei 😉
Magnifico!
Uma grande exposição de motivos para o crescimento pessoal não pode ficar somente aqui. Peço licença para compartilhar com meus amigos.
Obrigada por mais essa lição!
Adorei o texto! Parabéns!