Quanto vale a mudança?
Quanto vale a mudança? Saberia me dizer como você realmente é? Lembra-se de como era quando pequena? Temos o hábito de nos moldar durante nossa vida, com as experiências que vamos adquirindo. Quanto vale a mudança? Ser aceita? ser melhor? ser do bem? ser do mal? ganhar mais? Quanto vale mudarmos nosso jeito de viver ou de enxergar a vida? Mudanças são sempre válidas, mas qual deve ser a motivação? O ambiente? a própria pessoa? outra pessoa? outras pessoas? Quais pessoas? Experiências de vida, educação, convivência… Vamos mudando, amadurecendo e aprendendo por toda a vida.. Mudamos tanto que, como sempre, podemos transformar o fato de mudarmos num fato negativo: podemos ficar condicionados à mudanças. Condicionados a ponto de provocarmos uma mudança no nosso jeito de ser de maneira tão fácil que nem percebemos na hora: “Não sei porque fiz isso, não sou assim…” Reações que não representam nosso modo de ser, de viver ou de encarar a vida para reagir à alguma situação. Não falamos aqui de reações instintivas. Falamos de quando uma pessoa naturalmente doce reage com agressividade porque foi convencida de que doçura pode ser sinônimo de ser boba; de quando uma pessoa intelectualizada esconde sua sabedoria pois foi convencida de que ela poderia afastar as pessoas; de uma pessoa que nasceu com o dom de entregar-se de corpo e alma para as situações foi convencida de que entregar-se é perigoso e não deve-se ser assim pois alguém poderá de aproveitar disso. Já viram o que fazem com pessoas livres? A doçura, a intelectualização, a entrega e a liberdade não são o problema. O problema está em quem não sabe apreciar ou respeitar a dona dessas características. Então, quanto vale a mudança? Quanto vale vestir-se de uma roupa fora do seu número em prol de seja lá o que for. Quanto vale convencer-se do que você não é e omitir um dom que a vida generosamente te deu? Se conseguíssemos enxergar com toda essa clareza, talvez não abriríamos mão de nossos dons com tanta facilidade. O problema é que as situações são cotidianas. Todos os dias, em doses pequenas, e quando vamos ver… Olha eu não me reconhecendo novamente… Encontrarmos nosso eixo, nosso prumo, nossa essência não é fácil. Muito de nós está escondido sob uma forte neblina cinzenta de um monte de coisas que nem sabemos identificar o que é. Mas sempre podemos iniciar um resgate. Reencontrar nossa essência e tirarmos dela nossas atitudes e reações, pode resultar em atitudes não tão comuns, mas com certeza será mais natural, mais orgânica e talvez mais feliz. O fato de termos que assumir as consequências não deve nos causar medo. Temos é que ter receio de negarmos nossa natureza. Enxergá-la, acolher até mesmo as partes ruins porque ninguém é somente bondade, e quando preciso dominá-la, é sem dúvida respeitar-se. As pessoas são muito parecidas, mas são muito diferentes também. Respeitar as diferenças da natureza do outro, pode ser o caminho para respeitar e acolher a nossa própria natureza e vice versa. Todas as nuvens são de algodão e estão sob o céu azul. Mas não encontramos nenhuma com o formato idêntico ao da outra. Encontre-se, permita-se, seja! Se o outro não souber respeitá-la, proteja-se de alguma forma. E mude quando realmente quiser ou for preciso. Trate-se com carinho. Acolha-se e seja gentil com você mesma. Não precisamos ser todas iguais e nem sofrer com nossa autenticidade. E é bom lembrar que muito da vida funciona como uma espiral. Uma analogia já bem conhecida talvez por ser muito verdadeira. Nos respeitamos, assim conseguimos respeitar mais o outro e então nos respeitamos ainda mais e conseguimos respeitas mais ainda o outro e assim por diante. Como não temos o poder de mudar o outro, podemos começar fazendo nossa parte. Se não a espiral nunca se iniciará. Quem sofre com isso? Todos. Inclusive nós mesmas. Principalmente quando somos detentora do conhecimento e não o aplicamos. Mas, conversaremos sobre isso numa outra vez. Por agora, podemos pensar em iniciar uma espiral. E o melhor de tudo: ela pode ser iniciada apenas com um simples sorriso para outra pessoa ou até para você mesma. 🙂 Nesrine Bellydance ]]>
Lindo texto Nesrine! Somos seres humanos, basicamente experts em adaptação e mudança, faz parte de nossa essência, uns mais, outros menos. Tudo dependerá das nossas escolhas nos momentos de mudança!