Archive for the Textos e publicações category

Textos de minha autoria, baseados em reflexões sobre o dia a dia, a vida e minhas experiências com a Dança do Ventre e outras Danças, as quais tive a oportunidade de estudar ou ter contato. Textos exclusivos do blog ou anteriormente publicados.
Porque acredito que é preciso também pensar a dança.
E que dançamos com o corpo, com a mente e com a alma.

Sobre a aula de ontem

Standard post by carolnesrine on julho 22, 2015
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Sobre a aula de ontem
Tem a ver com os pés e as costelas.
A ver com liberdade e peso.
Com cabelos ao vento e roupas soltas.
Com reverberação. Entrega.
Mesmas ferramentas em um novo universo.
Tem a ver com interpretar.
Ou mergulhar fundo para descobrir em mim
O que está adormecido.
Ou quieto.
Tem a ver com liberdade e com
Libertar.
Tem a ver com sentir diferente.
Como se estivesse olhando por outro ângulo.
Ou por outro olhar.
Largar e movimentar.
Andar e pesar.
Ouvir,
Sentir dentro,
E dançar.
E amar.
E viver.
E caminhar…
Nesrine

Aconteceu no Festival Mosaico Brasil Egito 2015 – 12 a 19 de Julho

Standard post by carolnesrine on julho 20, 2015
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O festival de danças árabes, que acontece anualmente no Centro Cultural Shangrila, contou com um time de 40 professores nacionais, vindos de todo Brasil, e dois internacionais: George Sawa, maestro, e Gamal Seif, bailarino egípcio, coreógrafo e pedagogo.
Foram 47 aulas, somando mais de 70 horas de aprendizado!
Além de todo o conhecimento oferecido nas aulas, ainda tivemos o lançamento dos materiais de estudos:
– “Música Egípcia – Apreciação e Prática para Bailarinas de Dança Oriental” de George Dimitri Sawa – Livro com dois CDs de músicas e
– “Apreciação da Música Árabe para Bailarinas – Teoria e Prática – de Lulu e George Dimitri Sawa – DVD duplo.
Clique aqui para saber mais sobre os materiais. (Eu já tenho os dois! E tenho uma participaçãozinha no DVD 😀 😉 )
Com certeza uma semana intensa e dedicada a essa cultura que tanto apreciamos.
Estudantes do Brasil inteiro marcaram presença e lotaram as salas e corredores do Shangrila.
O Atelier Simone Galassi dispunha de uma linda coleção de figurinos (dos quais fiquei com um, claro!), que fizeram um grande sucesso!
E para encerrar, tivemos um show acústico (completamente diferente, intimista e encantador) com George Sawa e 9  bailarinos dançando apenas ao som de seu Qanun. Um privilégio!
Show mosaico
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Dados e números que jamais vão conseguir expressar o que foi essa semana…
Foram centenas de fotos, sorrisos, conversas, conhecimento, dedicação… emoção.
A dança faz isso com a gente, né?!
Nos deixa felizes, esgotados fisicamente no melhor sentido que isso possa ter. E nos surpreende com momentos emocionantes…
Conhecimentos arquivados e emoções guardadas no coração num lugar bem acessível… Para que sempre possamos trazê-las à tona…
E dançar com elas.
Quem foi sabe do que estou falando! Quem não conseguiu ir dessa fez, prepare-se! Ano que vem tem mais!
Organização de Lulu Hartenbach e equipe Shangrila.
Um grande abraço!
Nesrine
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A ESTÉTICA NA DANÇA – Para Revista Shimmie

Standard post by carolnesrine on julho 7, 2015
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“Vejo muitas pessoas exagerarem na inspiração e cópia de outras bailarinas, e consigo até saber da onde veio o tal modelo. Modelo este que pode ser da própria dança do ventre ou não. Muitas pessoas copiam figurinos e trejeitos de cantoras internacionais, por exemplo. Até pode ser novidade no nosso mercado, mas ainda continua sendo uma cópia. Perceber a diferença entre inspiração e cópia é fundamental para não perder a mão. Só conquistamos essa percepção quando também treinamos nosso senso estético e crítico. Nunca uma pessoa é totalmente criativa nem totalmente cópia. Uma bailarina é fruto do estudo da dança, da cultura e de outras bailarinas. Temos professores, assistimos apresentações, olhamos imagens. Isso tudo fica gravado em nós e provavelmente aparecerá em nossa dança. Portanto, nossa experiência com modelos sempre aparecerá de alguma forma. Mas nunca seremos igual a outra pessoa. E a cópia nunca atingirá o modelo fielmente, simplesmente porque somos diferentes em nossa natureza.”
Clique aqui e leia o meu artigo na íntegra!
Bjs,
Nesrine]]>

A concha

Standard post by carolnesrine on junho 2, 2015
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A concha 2A concha Aqui, temos apenas duas opções para se ter uma concha: mergulhar fundo no mar e encontrar a sua ou ir a uma loja de conveniências e se ofertar em uma prateleira. Ah, pode-se roubar de alguém, mas não é o caso, né?! A loja de conveniências fica ali, bem pertinho. É bonita por fora, para atrair os clientes, e oferece conchas de todos os tipos. Seu intuito é satisfazer o maior número de pessoas possível. Para isso, adquire sua mercadoria sempre em larga escala, porque assim consegue um bom preço de compra e pode oferecer um preço competitivo para seus clientes. Boa oferta é sinônimo de clientela feliz e portanto sucesso de vendas garantido. Já o mar… Ah o mar… Fica lá longe… Primeiro é preciso dar um jeito de chegar até ele. E ele é “aquela coisa”: azul, ou verde, ou cinza… Depende do dia. Água gelada. Salgada… Lá nenhuma concha é igual a outra. E não existe prateleira ou produção em escala. Na beira, já encontramos algumas delas, mas sabemos que da beira até o fundo existem muitas, muitas outras. Pode escolher ficar com uma dessas da beira, mas terá que conviver com isso. E se quiser ver as que estão mais para o fundo, e mais para o fundo, vai ter que tomar a decisão de mergulhar. Além do frio, do sal e da instabilidade, ainda teremos que prender o ar. Cinco minutos de respiração em cada hora de apneia, ou outra proporção. Cada um vai ter que descobrir do que é capaz ou do que está disposto. Vai ter que abrir os olhos debaixo d’água. No sal… E afundar. Você pode dar a sorte de mergulhar num mar cristalino e já enxergá-las lá de cima. Mas mesmo assim, se escolher alguma de lá, terá que afundar para pegá-la. Ou se der sorte, vai mergulhar num mar turvo e ter que tatear o fundo… Voltar, respirar e afundar. Molhar, olhar, aprofundar, repetir, tentar… Talvez leve um dia. Talvez leve uma vida. Talvez, se tiver sorte, nunca encontre a sua. Mas, se tiver sorte, talvez a encontre e volte para casa com ela. Aconteça o que acontecer, no caso de voltar para casa com ela, poderá pendurá-la na parede e, sempre que passar por lá, olhá-la. Outros também poderão. Talvez as próximas gerações… É para isso que servem as conchas. Para pendurá-las na parede, e, por vez ou outra, olhá-las. Nesrine]]>

Bora Improvisar!

Standard post by carolnesrine on maio 15, 2015
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http://www.centraldancadoventre.com.br/publicacoes/artigos/26/o-que-ajuda-e-o-que-atrapalha-o-improviso-na-danca-do-ventre/17266 11269801_871130366305472_3869795754100171364_n]]>

Poesia de Olívia Zarpellon

Standard post by carolnesrine on abril 17, 2015
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Ol[ivia 2 Tenho preferido o humor histérico daquilo que não se pode conter ao humor estéril do que já não está contido. Agradam-me os loucos, tão poucos, já roucos de gritar o que a palavra não dá conta de contar. Deixe que urrem, que uivem, sussurrem, tal como a concha sussurra seu mar. E que suspirem, delirem, se atirem, sejam tempestade a se derramar. E a esse mundo, de vida tão ávido, a onda dos loucos ainda há de inundar! E a esse mundo, de sonhos tão árido, a onda dos loucos ainda há de irrigar! Tenho preferido o mar histérico que transborda da alma à alma estéril que impõe bordas ao mar. Olívia Zarpellon]]>

Paraofemininodoxo

Standard post by carolnesrine on março 24, 2015
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Paraofemininodoxo 1 Paraofemininodoxo é O resgate do que se abandonou sem piedade. É a querência da Deusa desde que não tenha tetas caídas. É a busca pela humanidade vestindo metros e metros de strass. É fazer o bem por caminhos tortos. É doar-se desde que muito bem paga. É sempre sorrir, mesmo quando se enoja. Correr para a liberdade com tudo sob controle! É ter uma graça de energia oca. É querer ser mãe sem querer as marcas. É ter dó e pena e não querer ser cruel. É fantasiar o inimigo de Amiga. É querer acumular sabedoria e esconder as rugas. É dar afeto a quem se quer negociar. É propor negócios a quem quer parecer amar. É o preconceito Na canção de ninar. “É roubar e não poder carregar.” Paraofemininodoxo É, sem o coração, dizer gostar. É sem Deus na oração, pregar. É sem humanidade, humanizar. E sem sabedoria, ensinar. Para o ego agradar, à frente da outra ficar, a competição ganhar, rimar só por rimar e deixar a vida vazia Passar. Nesrine B. ]]>

Enfeitando o pavão

Standard post by carolnesrine on março 13, 2015
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Enfeitando o pavão1 Enfeitando o pavão De onde será que vem tal expressão? Talvez de uma manobra antiga Que tenta driblar nossos olhos e nosso coração. Mas por que será preciso Enfeitar um animal já tão lindo? Por que será preciso Dar à dança (que é do ventre e não nossa!) Outro sentido? Lendas místicas, auto-ajuda, terapia e Tudo (claro!) com muito “amor” e “sorrisos”. Meu coração sangra ao ver. Minha alma pede abrigo. E a dança que já não é mais do ventre É passada com outro sentido. Por que será preciso? Ela já vem adornada com muita sutilezas. E são essas sutilezas que nos trazem tantos benefícios. Ela é muito antiga. E, dessa época, Sem tantos registros. Por que criar uma história para ela? Por que ensinar o que nunca sequer foi dito? Por que será preciso Enfeitar o pavão, um animal já tão lindo? Se é por causa da coroa, não sei… Só sei que continuo com poucos ao meu lado, Mas com alegria do meu caminho. Nesrine]]>