Archive for the Textos e publicações category

Textos de minha autoria, baseados em reflexões sobre o dia a dia, a vida e minhas experiências com a Dança do Ventre e outras Danças, as quais tive a oportunidade de estudar ou ter contato. Textos exclusivos do blog ou anteriormente publicados.
Porque acredito que é preciso também pensar a dança.
E que dançamos com o corpo, com a mente e com a alma.

Quando chegar a hora de voar – Sob um primeiro olhar

Standard post by carolnesrine on junho 4, 2014
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hora de voar 1 Quando chegar a hora de voar – Sob um primeiro olhar Quando chegar o momento de professora e aluna se separarem. Separação é, boa parte das vezes, um aspecto negativo quando tratamos de pessoas. Ela nos remete à separação de casais, de pais e filhos, à saudade e à insegurança da nova vida. O medo e outras circunstâncias nos fazem enxergar o aspecto negativo da separação e, por isso, ela nem sempre é natural e saudável. Como e quando isso acontecerá, vai depender de cada um. Cada um tem seu momento de alçar voo. Pode ser quando a bailarina começar a ensaiar grandes passos sozinha; pode ser quando mestre e aluno já não compartilharem mais das mesmas idéias; pode ser quando o mestre já não mais estiver suprindo as necessidades do aluno e agora ele precise de outro e por aí vai… O aluno precisa ir e o mestre precisa deixar ir. A liberdade é nosso direito e depois que tudo acontecer, veremos que ela vem para o bem. É preciso compreender que ser uma professora significa doar-se, orientar e ensinar ao outro o conhecimento anteriormente adquirido. Nada mais. Sem criar expectativas em relação aos alunos. Sem criar de nenhuma forma vínculos que comprometam a saúde dessa relação. Cada um tem o seu tempo, seus limites e seu caminho. Sem essa compreensão e leveza, podem ocorrer alguns equívocos sobre as obrigações e deveres de uma com a outra. Ambas podem começar a alimentar sentimentos que futuramente comprometerão o momento da separação, como alimentar o sentimento de posse ou de dívida. Sabemos que, algumas vezes, é ensinado às alunas muito mais do que dançar. Algumas circunstâncias exigem uma orientação muito além da técnica. Podem acontecer situações fora do controle que exigirão da professora compreensão, ensinamento e acolhimento. Porém, se irreversivelmente o respeito chegar ao fim nessa relação, somente então, cabe o abandono. Toda essa dedicação e entrega não pode criar a sensação de que uma tem direitos sobre a outra, afinal ser professor é doar-se, lembram? O reconhecimento também não está em contrato. Ele pode vir ou não, mas não é obrigatório e não deve ser exigido. Ah! o reconhecimento… Menina dos olhos de muitos professores e também de muitas alunas. Mas temos que lembrar que ele apenas nos massageará o ego. Ver o resultado do trabalho prosperar é o que realmente traz felicidade e isso só será possível com a separação. Não podemos confundir respeito, admiração e gratidão com dívida. O ciclo de ensino somente se fecha quando o aluno conseguir ir em frente. Sozinho. Quando o aluno conseguir olhar para o precipício, sentir-se capaz e jogar-se para seu primeiro voo. Viver na dependência do mestre pode fazê-lo perder o tempo desse voo. O pavor do desconhecido e o medo de errar devem ser substituídos pela coragem. Todos temos o direito de errar quantas vezes forem necessárias, então não tem por que não seguir a diante. Apenas sozinho, ele encontrará o caminho, conhecerá suas vontades e conseguirá desenvolver o que absorveu no aprendizado. O aluno carregado com toda bagagem que acumulou, deve ir em frente e dar continuidade ao legado do mestre. Para brilhar, é preciso sair da sombra… E então, devemos lembrar que a separação pode não ser uma despedida… Que a vida é feita de ciclos, o mundo dá voltas, plantamos o que colhemos, depois da noite vem sempre um novo amanhecer. Diz a sabedoria popular que tudo o que ensinamos nos retorna em dobro.

Nesrine Bellydance

Gostaria de contratar uma palestra/debate comigo sobre esse ou outros textos? Mande um e-mail para [email protected] e solicite informações! Palestra/debate disponível para grupos ou no formato de aulas individuais. É preciso cuidar do caminho que trilhamos não somente aprimorando a dança, mas também cuidando das nossas escolhas e desenvolvendo nosso senso crítico.

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Inspiração!

Standard post by carolnesrine on junho 3, 2014
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Dia nublado

Standard post by carolnesrine on junho 3, 2014
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texto sol Amanhece um dia lindo e ensolarado, mas O brilho do sol é tão intenso que não conseguimos olhá-lo diretamente. Quando o céu se revela levemente nublado, e tudo parece não ter acordado tão feliz Conseguimos descobrir, lá em cima, o grande circulo iluminado. Nesrine Bellydance]]>

O Meu Movimento

Standard post by carolnesrine on junho 3, 2014
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físico 2 O meu movimento Meu movimento surge da inquietação que tenho sob o som… Sinto a percussão vibrando no meu peito, e na calmaria, sinto a força da minha respiração. Danço no meu ritmo por que é esse ritmo que me faz sentir que a vida está passando por mim. Reviso a estética dos movimentos para tentar prever o que o outro está enxergando. Para que a mensagem seja passada de maneira clara e compreensível. Mantenho meu corpo hábil e alinhado de forma que ele responda aos meus pedidos e alcance minhas idéias. Para que ele possa ser meu instrumento. Apenas isso. Disponho da sabedoria de usar as ferramentas que tenho, respeitando os meus limites que, com a dedicação, estão cada vez mais longe. Mas ainda existem.. Tenho o cuidado de me flexionar à necessidade do outro, prestar atenção no espaço, criar momentos que transportam, trazer ao ambiente o que falta e desfocar o que não deve ser visto. Em mim a dança é um dialeto e uma forma de bem estar. A beleza é o tom em que eu falo. Beleza pelo que é belo. No momento da dança, tudo passa por mim na velocidade do som. Num caos compreensível. Eu danço o que eu sinto, o que eu sou e o que eu quero dizer. E se me falta alguma coisa, por exemplo quando me deparo com algo além dos meus limites, eu o substituo e sigo em frente em busca da arte. Caminho sobre a estrada que me conduz à ela. Produzo arte. Sou fruto dela. Porém, o resultado final nem sempre está dentro do modelo de produto comercializável. Não tenho como objetivo focar minhas energias em construir algo altamente comercializável. Meu objetivo ainda é dançar o que eu acredito. Meu trabalho é fruto do que eu estudo e assimilo, do que eu sinto e do que eu percebo. A busca pela arte é uma força muito maior em mim do que a busca pela estética física como forma de aprimoramento da dança, por exemplo. E tenho a disposição de pagar o preço por isso. Além dessa busca, ainda sou tomada pelo princípio de ser mais humana comigo mesma, com as outras pessoas e com o ambiente. Então, isso se estende por mim em todos os aspectos: quando respeito e vivo cada faze da minha vida, cada fase do meu trabalho, cada mudança no meu físico. Me dedico a vivenciar minhas experiências de vida e deixá-las me preencher por completo, para que eu tenha assunto a dizer enquanto eu danço. Para representar a beleza, tenho outros recursos que não me impedem de ter oscilações de peso e silhueta. Não me impedem nem de envelhecer. Essa é apenas a minha verdade. Acredito que o impulso para mudanças, de algo em nossa dança ou carreira, deva partir do nosso interior e não do exterior sob forma de exigência ou pressão do mercado. Se alguma coisa não é verdade para você e você tem outras verdades, então talvez, não haja motivos para a mudança. Desde que você valide isso. Na dança do ventre, assim como em outras modalidades,a beleza estética é importante, mas a arte é fundamental. A pressão do mercado pode sugerir que seja muito importante para a bailarina seguir um modelo. Mas a decisão é pessoal, pois o próprio mercado pode rejeitá-la justamente por segui-lo. Pode ser que, um dia, eu sinta essa necessidade dentro de mim de buscar por outro corpo. Lapidá-lo. Mas enquanto isso não acontece, continuo andando pelo caminho que escolhi. Dignamente.

Nesrine Bellydance

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O Encantamento

Standard post by carolnesrine on maio 30, 2014
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nes 170ok a O Encantamento O encantamento é parte realidade e parte ilusão. Nos contos antigos era feito por uma poção, uma varinha mágica, por palavras poderosas ou um feitiço. Hoje, o encantamento pode ser feito por uma música, uma dança uma comida e por tudo que desperte em nós um estado inexplicável e bom: pelinhos arrepiados, boca aberta, dormência, estagnação… uma sensação de magia. Para uma bailarina, encantar o seu público é algo inexplicavelmente prazeroso. O encantamento acontece nos detalhes: a cor do figurino, o seu brilho, o perfume no ar deixado pelo véu, o sorriso recebido, os olhares, a música… Aos poucos as pessoas vão sendo envolvidas e nem sentem o tempo passar. Por alguns segundos, todos esquecem de todo o restante do mundo ou vão para um lugar guardado delicadamente em suas lembranças. O encantamento é quase uma mágica. Mas tão importante quanto encantar é deixar encantar-se. Você se lembra da última vez que foi profundamente tomado por essa sensação? Crianças possuem o dom de encantar-se. Porém, conforme vamos crescendo, vamos perdendo essa dádiva. Nossas experiências de vida nos fazem desenvolver uma couraça dura e cinzenta que não nos deixa mais enxergar todas as cores que existem. Não nos deixa mais sentir todas as sensações que somos capazes. A parte da ilusão começa a ser questionada pela nossa razão e tudo parece não mais fazer sentido. Quando assistimos a uma apresentação de dança, a busca pela técnica da bailarina e a comparação começam a ser mais importante do que deixar contagiar-se por ela. Começamos a procurar sentido em todas as coisas da vida… Grande equivoco. Algumas coisas não fazem sentido e nunca farão. Elas apenas são. Então, cultivar a arte de se deixar encantar pode ser o caminho para tornar-se mais feliz. Encontrar o equilíbrio de aprender com as experiências negativas de vida, mas não deixa-las definir quem e como você é, pode ser um trunfo para as cores voltarem a serem mais vivas. Para a vida voltar a valer a pena. Para voltar a enxergar o quanto seu trabalho e o quanto o seu esforço são importantes para todos. Para a dança continuar a nos realizar. “Eu tinha uns seis anos e estava na janela de minha casa quando ouvi os batuques. Era uma batida ritmada, seca e forte, que rapidinho fez meus pés se mexerem até a rua. A dança do boi é hipnotizante… Naquele momento, eu me apaixonei pelos bois e pela arte da minha terra. E foi naquele dia que comecei a seguir o caminha da arte popular. Hoje, o grupo de teatro se confunde com a história da cultura da nossa região…sempre tentando manter vivo o encantamento da criança que viu pela primeira vez um boi dançar.” Crispim. Dizem que todos nós temos uma criança em nosso interior. Às vezes ela só está esquecida. Adormecida. Busque o que a faz feliz. O que a deixa plena. Permita-se encantar. E depois, encante. Nesrine Bellydance Gostaria de contratar uma palestra/debate comigo sobre esse ou outros textos? Mande um e-mail para [email protected] e solicite informações! Palestra/debate disponível para grupos ou no formato de aulas individuais. É preciso cuidar do caminho que trilhamos não somente aprimorando a dança, mas também cuidando das nossas escolhas e desenvolvendo nosso senso crítico.]]>

Você respeita o seu tempo?

Standard post by carolnesrine on maio 29, 2014
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Você respeita seu tempo 2 Você respeita o seu tempo? Vivemos numa época veloz. O tempo parece passar mais rápido e as crianças parecem nascer mais espertas do que em tempos atrás. Hoje, temos uma admiração e valorização especial pelas pessoas precoces. A sensação de sucesso sem esforço fascina. Somos mais ansiosos e ter a possibilidade de pular algumas etapas, nos traz a sensação de obter resultados mais cedo e com eles a satisfação. Sucesso: o quanto antes melhor! Essa ânsia por resultados pode ser um bom combustível para o progresso pessoal, mas se esse for o único foco, podemos ter um resultado contrário e nocivo. Alguns já nascem com sua genialidade. Porém, outros devem construir o seu caminho do zero. Histórias de carreiras abreviadas, como a de meninas que com pouco tempo de aula já se tornam logo grandes bailarinas cheias de sucesso, fazem show e dão aulas sensacionais, são muito sedutoras. A supervalorização desses casos alimenta, em algumas pessoas, a expectativa do momento em que despontarão e o sucesso chegará “sem esperar”. A expectativa da hora em que a bailarina será descoberta pelo mercado de trabalho e será querida por todos. Mas, muitas vezes, talvez na maioria delas, isso não aconteça tão cedo ou não dessa forma. Na maioria dos casos, é indispensável cumprir todas as etapas do processo, respeitando o seu tempo individual. Se não houver essa disposição e a vontade de descobrir-se genial ficar muito tempo com a pessoa, toda essa expectativa pode transformar-se em decepção, desilusão e frustração. O resultado disso pode ser o incentivo a pular etapas preciosas, ou até a desistência. A pressa não deixa enxergar que tudo pode ser uma questão de tempo. De amadurecimento. Cada um tem seu tempo e nem as pessoas e nem seus caminhos são iguais. Muitas vezes nem parecidos. Histórias de genialidade são muito sedutoras, mas não significa que histórias de dedicação ou superação não sejam tão importantes quanto ela. Não escolhemos o tema principal do nosso caminho. Ficar confabulando e esperando que sua história seja genial e incrível é apenas uma grande perda de tempo. Defina objetivos, solidifique seus princípios, reconheça e trabalhe seus erros, valorize acertos, treine e trabalhe duro, esteja aberta às suas oportunidades e faça aquilo que você ama. E então, quando olhar para a história que construiu, você poderá ter uma grande surpresa. Nesrine Bellydance Gostaria de contratar uma palestra/debate comigo sobre esse ou outros textos? Mande um e-mail para [email protected] e solicite informações! Palestra/debate disponível para grupos ou no formato de aulas individuais. É preciso cuidar do caminho que trilhamos não somente aprimorando a dança, mas também cuidando das nossas escolhas e desenvolvendo nosso senso crítico.]]>

O Despertar da Dançarina Interior

Standard post by carolnesrine on maio 27, 2014
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nes 360ok d1 tex O Despertar da Dançarina Interior Um movimento que surgiu durante a apresentação que você nem sabia que era capaz de fazer, um momento em que os pensamentos pararam e o corpo apenas deixou levar-se pela música, uma sequência extremamente criativa que nunca havia sido treinada anteriormente, uma vontade de usar uma cor que nunca a havia chamado atenção, o surgimento de uma necessidade que os movimentos não conseguem suprir, apenas a palavra… Sim, pode ser ela. A sua dançarina interior. Ela está dentro de cada uma de nós e não se importa com a sua capacitação física ou com tempo de estudos. Ela sempre está lá. Só esperando… O despertar pode acontecer em momentos diferentes para cada um. Às vezes, ela aparece logo no comecinho, e é ela a responsável pelo interesse inicial pela dança. Às vezes ela fica adormecida e desperta apenas depois de um bom tempo de estudos. Às vezes ela desperta e volta a dormir. Durante todo o início do treinamento com aulas e estudos, costumamos trabalhar principalmente nosso físico e parte do intelecto de maneira mais mecânica e racional: treinos de aprendizado, aperfeiçoamento, resistência, leitura musical, improviso, coreografias, estudamos bailarinas antigas, modernas, as que gostamos mais… De repente, é chegado o momento que as coisas parecem ter outro sentido. Novos movimentos, sequências e fórmulas definidas já não suprem mais todas as necessidades e as palavras da professora, contando uma experiência de sua carreira ou verbalizando seus próprios insights, tornam-se um bálsamo aos ouvidos. Nesse momento, começamos a fazer, sem sentir, nossas próprias escolhas, e com elas desenvolvemos momentos só nossos. Momentos tão peculiares e especiais que há quem os chamem de estilo próprio, carisma e expressividade. Quem os assiste, mesmo numa aula qualquer, vê os mesmos movimentos que a maioria sabe fazer, mas, junto com eles vê também uma inexplicável e admirável diferença. Todos os termos anteriores passam a não ser mais suficiente e alguns passam a chamar de luz. É com a dançarina interior que está nossa criatividade inesgotável, nossa luz, nossos insights e nossos momentos exclusivos. É ela que nos alimenta com uma grande satisfação depois de uma apresentação. Uma satisfação que não tem relação com nosso ego. É ela que faz com que um simples movimento transforme tudo ao redor e também com que, por alguns instantes, tudo seja esquecido e as emoções de todos fiquem em suas mãos. Como despertá-la? Bem, como no início dissemos: ela está adormecida e em nosso interior. Então, é preciso um mergulho profundo. É preciso mergulhar dentro de si. Aceitar, ouvir, acolher, compreender, vencer os medos, trabalhar todo o nosso interior. E nós, que um dia pensamos que dançar era só aprender e treinar movimentos… Pois é… uma hora descobrimos que isso é muito importante, mas existe algo além. Expor o que temos dentro de nós pode nos causar alguma estranheza no início, mas somente assim conseguiremos alcançar nossa verdade. Somente assim nossa dançarina interior poderá despertar e dançar junto conosco. E somente então o outro encontrará a verdade no que estamos apresentando. Abrir-se para ela é aceitar ouvir e aceitar e falar. É se permitir. É descobrir que as propostas em sala de aula podem ser muito mais do que treinos. É descobrir que a palavra também se transforma em movimento. No seu movimento. Nesrine Bellydance]]>

O Sabotador

Standard post by carolnesrine on maio 27, 2014
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Texto Saborador 1 O Sabotador Se ela, a dançarina interior, pode nos dar a alegria de despertar dentro de nós, podemos também, infelizmente, em algum momento despertá-lo: o Sabotador. Temos sonhos, desejos, anseios, objetivos… Em muitos momentos me pergunto por que às vezes é tão difícil levantar e fazer aquilo que gosto tanto? Por que muitas vezes é tão difícil levantar da cama e ir em busca do que queremos? Por que, às vezes, nos privamos das coisas que nos realizam? Vamos nos afastando de costumes que nos traziam felicidade, preguiça de fazer coisas que gostávamos tanto, mil desculpas para os outros e para si mesma… Um comportamento que é difícil de entender e de explicar, mas que nos afeta negativamente quando somos tomados intensamente por ele. Sabotamos nossas idas às aulas, desânimo ou baixa auto-estima antes de uma apresentação, medos extremos de tentar algo novo, de tentar uma música nova, de apresentar-se… às vezes até existe a empolgação inicial, mas de repente, pensamentos ruins nos fazem desacreditar na nossa capacidade e então desanimamos… Essas situações podem acontecer de várias formas em nossa vida. Seria uma pena deixá-lo prosseguir. Um dos assuntos que ele pode interferir é também muito delicado para as mulheres… a forma física… A mudança da forma física, aumento ou perda brusca de peso ou o abandono de exercícios, podem estar associados com essa conduta de tirar-se de cena sem que o real motivo seja percebido. Outra forma é o excesso de pensamentos negativos ou depreciativos de si mesma, que tomam conta da nossa cabeça no nosso dia a dia e principalmente nos momentos importantes em que estamos desenvolvendo algo em que acreditamos ou gostamos. Ele pode despertar e aparecer de muitas formas…pode nos fazer acreditar que somos incapazes, pode nos tirar de cena…ele pode ser destruidor. Então, precisamos cultivar as coisas que gostamos e que nos fazem bem. Refletir sobre seu tempo e buscar o autoconhecimento é importante para enxergarmos o que realmente gostamos e o que nos faz feliz. Separar momentos da nossa rotina para realizarmos atividades que nos tragam prazer é fundamental. Seja responsável com a sua rotina, mas de maneira que não seja displicente com suas alegrias, anseios e desejos. Faça as suas escolhas também a seu favor. Muitas coisas que acontecem em nossas vidas não são exatamente como gostaríamos. Fatores, circunstâncias, impulsos podem nos levar a dizer sim, quando queremos dizer não. Ou vice e versa. Podem nos levar a acreditar em coisas que não são nossa verdade e podem fazer com que deixemos de fazer coisas que gostamos. Mas os acontecimentos não podem ser mais fortes do que nossa vontade de viver livres e realizadas assim como é o direito de todos. Talvez não seja possível, às vezes nem saudável, nos desfazermos do sabotador, mas podemos controlar a altura de sua voz. Permita-se. Descubra-se. Cada uma de nós é responsável por construir a sua história. Mais ninguém. Lembre-se sempre disso e trabalhe para que a história escrita por você te traga as coisas que te façam plena. Nesrine Bellydance Para complementar a leitura acesse aqui e leia “O despertar da Dançarina Interior”]]>