Archive for the Textos e publicações category

Textos de minha autoria, baseados em reflexões sobre o dia a dia, a vida e minhas experiências com a Dança do Ventre e outras Danças, as quais tive a oportunidade de estudar ou ter contato. Textos exclusivos do blog ou anteriormente publicados.
Porque acredito que é preciso também pensar a dança.
E que dançamos com o corpo, com a mente e com a alma.

Para dançar bem…

Standard post by carolnesrine on fevereiro 20, 2015
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Azul IMG_0140ok a Para dançar bem Para dançar bem, dança do ventre, é preciso ter os quadris inteligentes, criatividade e um coração. Depois do conhecimento, claro! No dia a dia movimentamos nosso corpo de maneira bem específica e repetitiva: pés, pernas, braços, mãos, cabeça… Quando caminhamos, quando sentamos, quando nos levantamos, quando amamos… A repetição faz com que os movimentos sejam aperfeiçoados, tornando nossas atividades diárias mais fáceis e rápidas. Das partes do corpo que mais movimentamos, estão os membros superiores e inferiores. Por isso temos tanta destreza com nossos pés, pernas, mãos… E os quadris seguem desenvolvendo seus papéis aparentemente coadjuvantes. Aliás temos dois quadris! Às vezes até esquecemos disso!! Diria que em nosso quotidiano temos pés pró-ativos e quadris reativos. Nesse aspecto, a dança do ventre é bem diferente! Como já conversamos outras vezes, os quadris são o coração dessa dança e guardam uma capacidade de movimentos muito maior da que exploramos diariamente. São eles que, na maior parte do tempo, mandam no movimento. Talvez por isso seja tão difícil num primeiro momento coordená-los com os pés num deslocamento na dança: os pés querem ditar a marcha da caminhada, quando deveriam deixar que os quadris o fizessem. Aí fica aquela briga! rsrsrs… Essa dança nos pede uma nova maneira de abordar a movimentação do nosso corpo: os quadris mandam e os pés é que têm que se adequar (correr atrás!) ou apenas auxiliar. Para frente, para trás, para cima, para baixo, torção, encaixe, desencaixe, com contração, sem contração… Um universo de possibilidades de movimentos com os quadris. Gosto de pensar que são peças de uma quebra-cabeça, em que cada peça tem seu encaixe compatível com mais de uma peça. Logo que vamos desvendando a capacidade de movimentação de nossos quadris, já vamos reconhecendo alguns dos mais importantes movimentos da dança, mas agora de uma maneira muito mais profunda e consciente. Oito para frente, para trás… É importante saber que a simples reprodução de um desenho não significa a posse do domínio do mesmo. Você saber executar o oito para frente, por exemplo, não significa que sabe exatamente o que está fazendo. Se não entende, não o domina. Se não o domina, sua capacidade é limitada. Então, o primeiro conselho: é preciso deixar os “quadris inteligentes”. Uma brincadeira para dizer que é preciso conhecer a capacidade de movimentação dos quadris, treinar para conseguir executar os movimentos e criar consciência de todos os detalhes para que se possa ter o domínio do passo. Além do treino físico, também é preciso saber verbalizar, mesmo de maneira simples, o que se executa. Se entende os movimentos que executa, você os domina. Se você os domina, sua capacidade é ilimitada. Então está pronta para exercitar o segundo conselho: a criatividade. Com o domínio da capacidade de seus quadris, você poderá usar as peças desse quebra-cabeças para montar o desenho que quiser, que puder ou que conseguir. Brincar aleatoriamente com essas peças é um ótimo exercício de criatividade e o começo da parte mecânica de um improviso. O conhecimento serve, entre outras muitas coisas, para nos mantermos nessa modalidade: a dança do ventre. É o que nos permite criar sem desestruturar o conceito original. E também para nos mostrar até onde podemos ir, mudar, ultrapassar as regras e quando é a hora de voltar. Depois é seguir o coração. Quem sou eu para dizer como cada um deve seguir o seu… Então, aí estão minhas sugestões: conhecimento, quadris inteligentes, criatividade e um coração. Fórmulas mágicas? Digo, prontas? Ah, que falta de criatividade… A criatividade é para todas!!! Exercite-a assim como o domínio dos seu quadris. E seu bom senso também. Não tem erro. E… Dance! Porque é bom. Abç, Nesrine ]]>

Leva tempo…

Standard post by carolnesrine on fevereiro 19, 2015
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IMG_0034 a ass Leva tempo… Dói, Desanima, Anima, Vicia, Envenena, Acalma, Acaricia. Enlouquece, Entristece e Aborrece a menina. Amadurece, mostra a prece Nos alucina. Afina… Ensina, Cresce, transforma em mulher e mostra o que é a vida. Sem tamanho, métrica ou rima… Leva tempo? Leva! Mas cuidado: O tempo leva… A balança da busca no decorrer do tempo E a hora da chegada perdida. Então, vai! Corre e Busca o que é teu. Chore, Isso é seu, não meu. Não se apavore. Você teve tudo o que mereceu. Viva. … E saiba apreciar as visitas da grande alegria. Nesrine B.]]>

Pedido…

Standard post by carolnesrine on fevereiro 10, 2015
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1380240_10201379575144652_1569457085_nQue meus protetores estejam comigo, Que eu sempre encontre um abrigo, Que eu possa brilhar contigo, Porque as possibilidades vão rumo ao infinito…
🙂 Nesrine B.]]>

Pedido

Standard post by carolnesrine on janeiro 6, 2015
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cropped-Azul-IMG_0101ok-c-2.jpg “Desci para ensinar, E aprender a amar. O ziguezague é um vai e vem como o balanço do mar… Nas profundezas dos sonhos, onde a cor é prata sob o Luar A feminina só com a brisa, Move a coluna de ar… Que ela nos olhe! A Mãe das águas, Que venha nos molhar… Que ela nos guie! Ó mãe das águas, Para ti vou dançar.” Nesrine B. Que nosso 2015 seja lindo ]]>

Que o dia seja bom

Standard post by carolnesrine on dezembro 24, 2014
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Natal 1 Bom dia, Boa fé, Bons pensamentos, Bons amigos, Bom humor, Bons presságios, Bons encontros, Bons sorrisos, Bons vasos cheio de flores… Que a gente saiba dar valor ao que realmente importa. Um grande abraço, Nesrine B. <3]]>

Rita Lee

Standard post by carolnesrine on dezembro 3, 2014
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Bem vindas à era das sensações!

Standard post by carolnesrine on novembro 3, 2014
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Texto esperiências Bem vindas à era das sensações! Olá! Como você está se sentindo? Eu me sinto bem. E isso é o que agora importa! Bem vindos à era das sensações! Certezas, concretudes, realidade, responsabilidade com o futuro… tudo irrelevante. O importante é ter-se a sensação de que está tudo bem. Em nosso “mundo da dança do ventre” nunca vendeu-se e comprou-se tantas sensações. São centenas de workshops coreografados, cursos e fórmulas prontas que fazem as aspirantes a bailarina terem a nítida sensação, equivocada, de que estão dançando. Produções cinematográficas compactas (e pagáveis) que fazem quaisquer mulher bem produzida sentir-se uma profissional da dança do ventre. Pagou, levou. Distribuição (remunerada) de títulos, certificados, prêmios para substituir o know-how das velhas bailarinas. E por aí vai… Existe até quem pague para fingir que está sendo bem paga para estar num lugar renomado. Não é à toa que, hoje, as aspirantes a bailarina investem muito, mas muito mais em sua imagem do que em seus estudos. Os valores que antes eram destinados à sua formação agora são investidos em figurinos luxuosos (ou que apenas aparentam ser). Contratantes querem saber se seu figurino tem cristais, se você é uma “boa amiga” e se sua rede social é bem movimentada. Isso basta. E assim vamos produzindo um mercado aparentemente consistente. O “aparentemente” anda bastando. O básico egípcio foi substituído pelo deslocamento com shime na meia ponta com a perna direita frente e trás. E a admiração das boas bailarinas pela admiração das bailarinas amiguinhas e fofas <3 Fazer passos difíceis e ter a sensação de que está dançando bem, hoje, substitui o dançar bem. Mas a era das sensações não é um “privilégio” nosso. Na verdade, nosso mundinho está só refletindo… O Brasil todo nunca teve tantas boas sensações! A sensação de que estamos terminando com a pobreza, A de que estamos com poder de compra, A de que estamos politizados… Cidadãos comemoram suas últimas aquisições, que até garantiram sua ascensão a uma classe social superior, mas ignoram as dívidas infinitas que contraíram para pagá-las. Sim, porque aumento de crédito nada mais é do que a deliciosa sensação de aumento de poder de compra. Mas, como é apenas uma sensação… a dívida está lá para ser paga com o mesmo salário de sempre e com a mesma situação econômica. Televisores, durante o último mundial, puderam ser adquiridos com o pagamento estendido em até 48 meses (com juros, claro!)! O preço do leite sobe toda semana, o salário é fora da faixa do mercado, ninguém tem dinheiro para excessos, mas o objeto dos sonhos, que agora pode ser dividido a perder de vista, dá para pagar! O aumento de crédito nos deu a sensação de que nosso poder de compras aumentou. E a maioria saboreia essa sensação com tanto desejo que prefere continuar a acreditar na melhora da situação financeira. A ilusão já basta! E o brasileiro nunca esteve tão endividado. Os mais pobres hoje recebem um valor mensal. Que, é fato, os garante o mínimo do mínimo de condições. Mas que não os garante um emprego de verdade, nem dignidade, nem independência econômica. E para muitos, o mínimo do mínimo de condição anda bastando. A ilusão novamente está sendo o suficiente. Essa medida no curto prazo deu comida aos que tinham fome. Ponto para ela. Mas no longo prazo poderá ter resultados catastróficos como o poder de controle de quem é o seu detentor. Pois, aqueles que passavam fome não querem, com toda razão, voltar a passar por isso. E têm que engolir a sua condição de dependência e até a concordar com ela. Nos últimos meses assistimos à inúmeras manifestações que encheram nossos corações de esperanças de uma população politizada. A esperança nos bastou. A sensação de politização também. “Protestamos como nunca! Votamos como sempre.” (frase de um autor sábio e desconhecido). O dinheiro que sobra, para quem tem sobra, é destinado a comprar roupas, aparelhos eletrônicos, objetos da moda para nos darmos a sensação de que nossas vidas são interessantes. Depois postamos tudo em nossas redes sociais, que já não têm mais tantos amigos devido à falta de tolerância nas últimas eleições. Antibióticos devem ser rigorosamente administrados de acordo com a orientação médica, mas assim que os sintomas passam, param-se de tomá-los. A sensação de que a doença já não mais existe é o suficiente. Casamos e temos filhos para termos a sensação de que temos uma família. Mas não nos preocupamos em educá-los. E nem sequer respeitá-los. Hoje, amigos são aquelas pessoas que dão ibope. Ah! e que são bonzinhos. Porque os que nos contrariam são imbecis. Os que ofendem diretamente são preconceituosos (e são! e devem ser punidos.), mas aqueles que articulam o preconceito para beneficiar-se dele não. Têm muitos até recebendo título de herói! A maioria massacrante das pessoas possui celular para ter a sensação de estarem conectadas às outras pessoas, mas não dão atenção a quem está logo ao lado… nem ouvidos… E seguimos incentivando o aparecimento de novas fábricas de sensações. Na política, nas relações, nas ruas, no trabalho, na dança, em casa, no íntimo… Sim, porque elas só existem porque têm consumidores assíduos para elas. Qual outra alternativa? Enxergar os problemas de olhos bem abertos; uma administração que vise a independência econômica das pessoas e não o rebanho e uma educação que não só ensine a ler, mas também a interpretar o texto… entre outras coisas… E para o nosso “mundo da dança do ventre” desejo o desenvolvimento de bailarinas com a capacidade de percorrer as exceções das regras, de criticar e se posicionar ativamente, de dançar suas próprias escolhas, de evoluir nosso mercado e não de cometerem os mesmos erros de sempre… Bons profissionais que alimentem um bom mercado e um bom mercado que incentive bons profissionais. Agradeço a atenção! Fique tranquilo! Não tenho a pretensão de que concorde comigo! Sim, sou do grupo dos pessimistas. Essa é minha opinião. Pessoal e intransferível.]]>

A dádiva

Standard post by carolnesrine on outubro 30, 2014
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dádiva divina.” Frase da linda amiga Mariza Weng M]]>

Dia do professor

Standard post by carolnesrine on outubro 15, 2014
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arte - dia do professor_002 Gratidão aos meus professores e mestres de dança, da escola e da vida <3]]>

A sensível arte de se ler um texto

Standard post by carolnesrine on outubro 8, 2014
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Texto a sesível arte ler texto Aprendi que para eu ler um texto tenho que esvaziar-me. Assim como quando vou assistir a uma aula de dança. Textos geralmente possuem um título que já nos remete à várias ideias e portanto a criar expectativas. Aprendi que essas expectativas podem cegar-me como leitora. As mais diversas delas podem surgir: com relação a como o assunto foi abordado; qual ou quais pontos de vista estão no texto; se é polêmico ou não… O mais importante é que essas expectativas geralmente estão relacionadas a alguma experiência que passamos e à informações que obtivemos anteriormente. Mesmo que ainda não conheçamos o tema, existe uma certa tendência de sempre procurarmos pontos que nos são familiares para nos identificarmos com ele. O problema é quando essa expectativa é tão forte que acaba nos induzindo a concluir ou distorcer coisas que não estão representadas no texto em questão. Podemos não conseguir interpretá-lo justamente porque não demos “ouvidos” a ele. É como duas amigas conversando: uma está tentando contar algum causo e a outra já está prevendo o que ela vai contar. E mais! Já está também articulando o conselho que vai dar! Não tem como essa amiga compreender o que a outra está tentando dizer… Ela não está ouvindo… Claro que temos que levar em conta que existem pessoas que não conseguem expressar-se claramente. Aí fica difícil de entender. Mas, tirando essa situação, a leitora é como uma ouvinte. Se ela não prestar atenção, se ela não “der ouvidos” para o que o texto está querendo dizer, talvez tire conclusões precipitadas… e até equivocadas… Quando já tivemos bastante contato com o assunto então… Nem precisamos chegar na metade do texto para já termos um montão de opiniões a respeito…rsrs… Sabemos que uma palavra pode mudar o contexto de toda uma frase. Imaginem se, durante a leitura, deixarmos passar uma frase inteira… Além do mais, um mesmo assunto pode ser abordado de vaaaaaarias maneiras. Talvez a leitora esteja entrando em contato com uma nova abordagem. Se não for cuidadosa ao lê-la… E textos irônicos?? É preciso mais sensibilidade ainda… Talvez até um pouco de astúcia. Ler para mim transformou-se num exercício de auto-conhecimento. E observar o posicionamento das pessoas perante um texto, um exercício de conhecer o outro. Ler o texto rapidamente, ler com expectativas, ler com a emoção alterada… Talvez possa prejudicar a compreensão. Como leitora aprendi que tenho que esvaziar-me para ler um texto. Já que me dispus a isso, entendo que tenho que fazer o máximo para compreendê-lo, independentemente da minha opinião. Se for opinar, o cuidado deve redobrar. Como autora de várias categorias de textos, aprendi que não posso esperar essa compreensão de todos. Porque isso tem a ver com o modo da pessoa se relacionar. E de enxergar e levar a vida.]]>