Archive for the Reflexão tag

Leva tempo…

Standard post by carolnesrine on fevereiro 19, 2015
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IMG_0034 a ass Leva tempo… Dói, Desanima, Anima, Vicia, Envenena, Acalma, Acaricia. Enlouquece, Entristece e Aborrece a menina. Amadurece, mostra a prece Nos alucina. Afina… Ensina, Cresce, transforma em mulher e mostra o que é a vida. Sem tamanho, métrica ou rima… Leva tempo? Leva! Mas cuidado: O tempo leva… A balança da busca no decorrer do tempo E a hora da chegada perdida. Então, vai! Corre e Busca o que é teu. Chore, Isso é seu, não meu. Não se apavore. Você teve tudo o que mereceu. Viva. … E saiba apreciar as visitas da grande alegria. Nesrine B.]]>

Com poesia…

Imagem post by carolnesrine on fevereiro 13, 2015
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Pedido…

Standard post by carolnesrine on fevereiro 10, 2015
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1380240_10201379575144652_1569457085_nQue meus protetores estejam comigo, Que eu sempre encontre um abrigo, Que eu possa brilhar contigo, Porque as possibilidades vão rumo ao infinito…
🙂 Nesrine B.]]>

Bem vindas à era das sensações!

Standard post by carolnesrine on novembro 3, 2014
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Texto esperiências Bem vindas à era das sensações! Olá! Como você está se sentindo? Eu me sinto bem. E isso é o que agora importa! Bem vindos à era das sensações! Certezas, concretudes, realidade, responsabilidade com o futuro… tudo irrelevante. O importante é ter-se a sensação de que está tudo bem. Em nosso “mundo da dança do ventre” nunca vendeu-se e comprou-se tantas sensações. São centenas de workshops coreografados, cursos e fórmulas prontas que fazem as aspirantes a bailarina terem a nítida sensação, equivocada, de que estão dançando. Produções cinematográficas compactas (e pagáveis) que fazem quaisquer mulher bem produzida sentir-se uma profissional da dança do ventre. Pagou, levou. Distribuição (remunerada) de títulos, certificados, prêmios para substituir o know-how das velhas bailarinas. E por aí vai… Existe até quem pague para fingir que está sendo bem paga para estar num lugar renomado. Não é à toa que, hoje, as aspirantes a bailarina investem muito, mas muito mais em sua imagem do que em seus estudos. Os valores que antes eram destinados à sua formação agora são investidos em figurinos luxuosos (ou que apenas aparentam ser). Contratantes querem saber se seu figurino tem cristais, se você é uma “boa amiga” e se sua rede social é bem movimentada. Isso basta. E assim vamos produzindo um mercado aparentemente consistente. O “aparentemente” anda bastando. O básico egípcio foi substituído pelo deslocamento com shime na meia ponta com a perna direita frente e trás. E a admiração das boas bailarinas pela admiração das bailarinas amiguinhas e fofas <3 Fazer passos difíceis e ter a sensação de que está dançando bem, hoje, substitui o dançar bem. Mas a era das sensações não é um “privilégio” nosso. Na verdade, nosso mundinho está só refletindo… O Brasil todo nunca teve tantas boas sensações! A sensação de que estamos terminando com a pobreza, A de que estamos com poder de compra, A de que estamos politizados… Cidadãos comemoram suas últimas aquisições, que até garantiram sua ascensão a uma classe social superior, mas ignoram as dívidas infinitas que contraíram para pagá-las. Sim, porque aumento de crédito nada mais é do que a deliciosa sensação de aumento de poder de compra. Mas, como é apenas uma sensação… a dívida está lá para ser paga com o mesmo salário de sempre e com a mesma situação econômica. Televisores, durante o último mundial, puderam ser adquiridos com o pagamento estendido em até 48 meses (com juros, claro!)! O preço do leite sobe toda semana, o salário é fora da faixa do mercado, ninguém tem dinheiro para excessos, mas o objeto dos sonhos, que agora pode ser dividido a perder de vista, dá para pagar! O aumento de crédito nos deu a sensação de que nosso poder de compras aumentou. E a maioria saboreia essa sensação com tanto desejo que prefere continuar a acreditar na melhora da situação financeira. A ilusão já basta! E o brasileiro nunca esteve tão endividado. Os mais pobres hoje recebem um valor mensal. Que, é fato, os garante o mínimo do mínimo de condições. Mas que não os garante um emprego de verdade, nem dignidade, nem independência econômica. E para muitos, o mínimo do mínimo de condição anda bastando. A ilusão novamente está sendo o suficiente. Essa medida no curto prazo deu comida aos que tinham fome. Ponto para ela. Mas no longo prazo poderá ter resultados catastróficos como o poder de controle de quem é o seu detentor. Pois, aqueles que passavam fome não querem, com toda razão, voltar a passar por isso. E têm que engolir a sua condição de dependência e até a concordar com ela. Nos últimos meses assistimos à inúmeras manifestações que encheram nossos corações de esperanças de uma população politizada. A esperança nos bastou. A sensação de politização também. “Protestamos como nunca! Votamos como sempre.” (frase de um autor sábio e desconhecido). O dinheiro que sobra, para quem tem sobra, é destinado a comprar roupas, aparelhos eletrônicos, objetos da moda para nos darmos a sensação de que nossas vidas são interessantes. Depois postamos tudo em nossas redes sociais, que já não têm mais tantos amigos devido à falta de tolerância nas últimas eleições. Antibióticos devem ser rigorosamente administrados de acordo com a orientação médica, mas assim que os sintomas passam, param-se de tomá-los. A sensação de que a doença já não mais existe é o suficiente. Casamos e temos filhos para termos a sensação de que temos uma família. Mas não nos preocupamos em educá-los. E nem sequer respeitá-los. Hoje, amigos são aquelas pessoas que dão ibope. Ah! e que são bonzinhos. Porque os que nos contrariam são imbecis. Os que ofendem diretamente são preconceituosos (e são! e devem ser punidos.), mas aqueles que articulam o preconceito para beneficiar-se dele não. Têm muitos até recebendo título de herói! A maioria massacrante das pessoas possui celular para ter a sensação de estarem conectadas às outras pessoas, mas não dão atenção a quem está logo ao lado… nem ouvidos… E seguimos incentivando o aparecimento de novas fábricas de sensações. Na política, nas relações, nas ruas, no trabalho, na dança, em casa, no íntimo… Sim, porque elas só existem porque têm consumidores assíduos para elas. Qual outra alternativa? Enxergar os problemas de olhos bem abertos; uma administração que vise a independência econômica das pessoas e não o rebanho e uma educação que não só ensine a ler, mas também a interpretar o texto… entre outras coisas… E para o nosso “mundo da dança do ventre” desejo o desenvolvimento de bailarinas com a capacidade de percorrer as exceções das regras, de criticar e se posicionar ativamente, de dançar suas próprias escolhas, de evoluir nosso mercado e não de cometerem os mesmos erros de sempre… Bons profissionais que alimentem um bom mercado e um bom mercado que incentive bons profissionais. Agradeço a atenção! Fique tranquilo! Não tenho a pretensão de que concorde comigo! Sim, sou do grupo dos pessimistas. Essa é minha opinião. Pessoal e intransferível.]]>

A dádiva

Standard post by carolnesrine on outubro 30, 2014
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dádiva divina.” Frase da linda amiga Mariza Weng M]]>

A sensível arte de se ler um texto

Standard post by carolnesrine on outubro 8, 2014
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Texto a sesível arte ler texto Aprendi que para eu ler um texto tenho que esvaziar-me. Assim como quando vou assistir a uma aula de dança. Textos geralmente possuem um título que já nos remete à várias ideias e portanto a criar expectativas. Aprendi que essas expectativas podem cegar-me como leitora. As mais diversas delas podem surgir: com relação a como o assunto foi abordado; qual ou quais pontos de vista estão no texto; se é polêmico ou não… O mais importante é que essas expectativas geralmente estão relacionadas a alguma experiência que passamos e à informações que obtivemos anteriormente. Mesmo que ainda não conheçamos o tema, existe uma certa tendência de sempre procurarmos pontos que nos são familiares para nos identificarmos com ele. O problema é quando essa expectativa é tão forte que acaba nos induzindo a concluir ou distorcer coisas que não estão representadas no texto em questão. Podemos não conseguir interpretá-lo justamente porque não demos “ouvidos” a ele. É como duas amigas conversando: uma está tentando contar algum causo e a outra já está prevendo o que ela vai contar. E mais! Já está também articulando o conselho que vai dar! Não tem como essa amiga compreender o que a outra está tentando dizer… Ela não está ouvindo… Claro que temos que levar em conta que existem pessoas que não conseguem expressar-se claramente. Aí fica difícil de entender. Mas, tirando essa situação, a leitora é como uma ouvinte. Se ela não prestar atenção, se ela não “der ouvidos” para o que o texto está querendo dizer, talvez tire conclusões precipitadas… e até equivocadas… Quando já tivemos bastante contato com o assunto então… Nem precisamos chegar na metade do texto para já termos um montão de opiniões a respeito…rsrs… Sabemos que uma palavra pode mudar o contexto de toda uma frase. Imaginem se, durante a leitura, deixarmos passar uma frase inteira… Além do mais, um mesmo assunto pode ser abordado de vaaaaaarias maneiras. Talvez a leitora esteja entrando em contato com uma nova abordagem. Se não for cuidadosa ao lê-la… E textos irônicos?? É preciso mais sensibilidade ainda… Talvez até um pouco de astúcia. Ler para mim transformou-se num exercício de auto-conhecimento. E observar o posicionamento das pessoas perante um texto, um exercício de conhecer o outro. Ler o texto rapidamente, ler com expectativas, ler com a emoção alterada… Talvez possa prejudicar a compreensão. Como leitora aprendi que tenho que esvaziar-me para ler um texto. Já que me dispus a isso, entendo que tenho que fazer o máximo para compreendê-lo, independentemente da minha opinião. Se for opinar, o cuidado deve redobrar. Como autora de várias categorias de textos, aprendi que não posso esperar essa compreensão de todos. Porque isso tem a ver com o modo da pessoa se relacionar. E de enxergar e levar a vida.]]>

Dança genuína x dança performática

Standard post by carolnesrine on setembro 30, 2014
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4 - IMG_1674 b Dançar envolve muitas possibilidades. Podemos dançar para um grande público, para um público menor, para uma pessoa e até para nós mesmas. Podemos dançar para pessoas que nunca viram dança do ventre e também para profissionais da área. Podemos nos apresentar num grande palco, numa salinha ou em casa com a família. Graças a todas essas possibilidades, talvez a gente perceba algumas diferenças entre essas apresentações. Digo talvez porque algumas bailarinas fazem questão de dançar exatamente igual em qualquer situação que seja. Para mim, uma questão de escolha. A outra possibilidade seria fazer algumas adaptações levando em conta o local (tamanho do local da cena, se é palco ou sala etc…), público e mensagem a ser passada. O que faz com que as apresentações de uma mesma bailarina sejam distintas em vários aspectos. Apresentações mais intimistas, como por exemplo uma plateia formada por alunas e pessoas queridas, permite que a dançarina do ventre faça algumas escolhas diferentes, como dançar mais tranquilamente, envolver-se emocionalmente com seu público, pensar numa mensagem diferente da que ela costuma passar. Tudo isso por saber que aquelas pessoas que estão assistindo sua dança sabem da sua história e irão entender o que ela pretende comunicar. Em apresentações mais impessoais, como no caso de uma contratação para um show num lugar que não é ligado com dança do ventre, por exemplo, os objetivos são outros. Nem todo mundo conhece a dança e suas facetas. Então, geralmente, a bailarina tende a levar isso em conta, comportar-se e apresentar-se de maneira condizente com essa situação. É importante mantermos sempre a apresentação num nível ótimo. A ideia não é mudar o nível de profissionalismo, mas sim permitir-se usufruir de algumas condições que a apresentação nos proporciona. Digo isso para diferenciarmos as apresentações performáticas boas das performáticas ruins e “sem conteúdo”. Existem performances e performances… mas conversaremos em breve especificamente sobre isso. Atire a primeira pedra a bailarina que nunca se esforçou um pouquinho a mais numa apresentação que julgou muito importante. Ou que escolheu o figurino com mais cautela para dançar na confraternização de fim de ano de uma empresa contratante. Se pensarmos na possível origem sagrada da dança e em sua evolução para o entretenimento, como é praticada atualmente, temos um cenário que nos mostra claramente que as diferentes formas de apresentar-se fazem parte da história dessa dança. A dança que a netinha aprende com a vovó não é igual ao que se aprende no workshop de “movimentos de impacto na dança do ventre”. Assim, quando assistimos a uma apresentação mais performática ou mais descontraída pode não significar que a bailarina está equivocada. Pode ser apenas uma questão de escolha a qual ela tem possibilidade. Aí então, ao repararmos nos comentários do público, ouvimos alguns termos para diferenciar as danças: performática, fria, forte, exagerada, impactante, acolhedora, suave, genuína etc… Salvos os equívocos com relação ao profissionalismo (como por exemplo uma bailarina que dança apenas de maneira performática e sempre “sem conteúdo”), é isso mesmo que acontece. Algumas apresentações realmente utilizam uma maior gama de técnicas cênicas (impacto, por exemplo), enquanto outras são mais singelas e livres. E isso é comum. E, na minha opinião, até muito positivo. Numa apresentação longa, num palco grande e para um público da dança, pensamos na necessidade de “crescer” para ocuparmos todo o espaço do palco. Aí então buscamos recursos para isso como: variar bastante a dança para não ficar monótona, fazer movimentos grandes, usar vários acessórios, impacto, uma expressão mais intensa… segredinhos que toda bailarina tem para abrilhantar tais apresentações. Mesmo não sendo esse nosso costume. Em contrapartida, num momento em que dançamos para nós mesmas, a forma de entrega é diferente e os movimentos serão mais naturais e orgânicos. Talvez sem acessórios nenhum… sem tanto impacto… Nos identificamos e gostamos de certas bailarinas justamente por causa de suas escolhas. Refletirmos sobre suas mensagens, condutas e mudanças pode ser muito enriquecedor, pois podemos descobrir propostas que estão nas entrelinhas… Para nós que dançamos, é importante observarmos esse aspecto como público e como bailarina também. A apresentação cênica com o seu objetivo de encantar, provocar e prender a atenção da plateia tem tanto valor quanto a apresentação natural que encanta de pertinho. É importante então planejar qual ou quais as mensagens que gostaríamos de dizer para o público e quais os nossos objetivos antes da apresentação. E depois pensar em entregar-se para o momento da dança, com tudo o que temos de melhor. E quando formos espectadoras, nos abrirmos para entender o que a bailarina tem a nos dizer. E nos entregarmos a ela para que nos leve… Pode ser surpreendente.. Um grande abraço, Nesrine ]]>